QUAIS AS RAZÕES DE HAVER POUCAS STARTUPS FUNDADAS POR MULHERES?

Autores

  • Andressa Conti Pavan FEA-USP
  • Luciane Meneguin Ortega FEA-USP
  • Arnaldo José França Mazzei Nogueira FEA-USP

DOI:

https://doi.org/10.24325/issn.2446-5763.v7i20p204-219

Palavras-chave:

empreendedorismo feminino, revisão sistemática, empreendedorismo de inovação, startup

Resumo

O presente artigo tem como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura sobre o empreendedorismo feminino de inovação, identificando as razões pelas quais há poucas startups fundadas por mulheres. A revisão foi realizada à partir de revistas brasileiras de classificação A2 pela Capes e foram encontrados 12 artigos sobre o tema, no período de 1977 a 2020. Como resultado dessa revisão, identificou-se 5 motivos impeditivos para as mulheres empreenderem: (1) as redes sociais compostas por laços fortes das mulheres empreendedoras; (2) o contexto social e histórico em que a mulher está inserida; (3) a necessidade das mulheres de terem maiores investimentos em capital humano social e práticas gerenciais do que os homens; (4) o conflito trabalho-família; e (5) a descoberta de que, mulheres empreendedoras tem menos probabilidade do que os homens de ter uma expectativa de alto crescimento para suas empresas. Com isso, a contribuição desta pesquisa se dá em três aspectos: o primeiro para as mulheres empreendedoras se prepararem para superar essas barreiras; o segundo para os atores do ecossistema contribuírem para estimular o empreendedorismo feminino; e o último, no mapeamento da literatura e na consolidação dos artigos localizados e analisados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ahl, H. Why research on women entrepreneurs needs new directions? Entrepreneurship Theory and Practice, Vol. 30 No. 5, p.595-621, 2006.
Aldrich, H. Networking among women entrepreneurs. In O. Hagan, C. Rivchun, e D. Sexton (Eds.), New York: Praeger, Women-Owned Businesses, p.103-132, 1989.
Aldrich, H.E. Entrepreneurship. In: Smelser, N.J., Swedberg, R. (Eds.), The Handbook of Economic Sociology, 2nd ed. Princeton University Press, Princeton, NJ, p.451–477, 2005.
Anna, A. N., Chandler, G. N., Jansen, E., e Mero, N. P. Women business owners in traditional and non-traditional industries. Journal of Business Venturing, 15, p.279-303, 2000.
Arroyo, M. R., Fuentes, M. M. F., e Jiménez, J. M. R. “Um estudo internacional sobre os fatores que explicam a expectativa de alto crescimento emnovos empreendimentos: uma perspectiva de gênero”. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, São Paulo, v. 18, n. 60, p.171-190 abr./jun. 2016.
Bertolami, M., Artes, R., Gonçalves, P. A., Hashimoto, M., e Lazzarini, S. G. Sobrevivência de Empresas Nascentes: Influência do Capital Humano, Social, Práticas Gerenciais e Gênero. RAC, Rio de Janeiro, v. 22, n. 3, art. 1,
p.311-335, mai./jun. 2018.
Blank, S. What’s A Startup? First Principles. 2010. Disponível em: <https://steveblank.com/2010/01/25/whats-a-startup-first-principles/>. Acesso em 15 jul. 2021.
Blank, S., e Dorf, B. Startup: Manual do Empreendedor (1a ed.). Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.
Box, M., e Larsson S. T. Entrepreneurial teams, gender, and new venture survival: contexts and institutions. Sage Open, 8(2), 2158244018777020, 2018.
Brush, C.G., Carter, N.M., Gatewood, E., Greene, P.G., e Hart, M. Venture capital access: is gender an issue? In the emergence of entrepreneurship policy: governance. In: Hart, D. (Ed.), Start-Ups and Growth in the U.S. Knowledge Economy. Cambridge University Press, London, pp. 141–154, 2003.
Brush, C.G., de Bruin, A. e Welter, F. A gender-aware framework for women’s entrepreneurship. International Journal of Gender and Entrepreneurship, Vol. 1 No. 1, p.8-24, 2009. Disponível em: <https://doi.org/10.1108/17566260910942318>. Acesso em 25 jul. 2021.
Canning, J., Haque, M., e Wang, Y. Women at the Wheel: Do Female Executives Drive Start-Up Success? Dow Jones and Company. 2012.
Carnahan, S., Agarwal, R., e Campbell, B.A. Heterogeneity in turnover: the effect of relative compensation dispersion of firms on the mobility and entrepreneurship of extreme performers. Strateg. Manage. J. 33, p.1411-1430, 2012.
Cliff, J. E. Does one size fit all? Exploring the relationship between attitudes towards growth, gender, and business size. Journal of business venturing, 13(6), p.523-542, 1998.
Coleman, S., e Robb, A. A comparison of new firm financing by gender: evidence from the Kauffman Firm Survey data. Small Business Economics, 33(4), p.397-411, 2009.
Cramer, L., Cappelle, M. C. A., Silva, A. L., e Brito, M. J. Representações femininas da ação empreendedora: uma análise da trajetória das mulheres no mundo dos negócios. Anais do Encontro de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, Londrina, PR, Brasil, 2, 2001.
Cramer, L., Cappelle, M. C. A., Silva, A. L., e Brito, M. J. Representações femininas da ação empreendedora: uma análise da trajetória das mulheres no mundo dos negócios. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 1(1), p.53-71, 2012
DeBruin, A., Brush, C.G. e Welter, F. Introduction to the special issue: towards building cumulative knowledge on women’s entrepreneurship, Entrepreneurship Theory and Practice, Vol. 30 No. 5, p.585-592, 2006.
Distrito, B2 Mamy e Endeavor. “Female Founders Report”. 2021. Disponível em: <https://materiais.distrito.me/dataminer-female-founders-report>. Acesso em 15 jul. 2021.
Dornelas, J. C. A. Empreendedorismo Corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar na sua empresa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
Ferreira, J. M., e Nogueira, E. E. S. Mulheres e Suas Histórias: Razão, Sensibilidade e Subjetividade no Empreendedorismo Feminino. RAC, Rio de Janeiro, v. 17, n. 4, art. 1, p.398-417, Jul./Ago. 2013.
Gatewood, E.J., Carter, N.M., Brush, C.G., Greene, P.G., e Hart, M.M. Women Entrepreneurs, Their Ventures, and the Venture Capital Industry: An Annotated Bibliography. Entrepreneurship and Small Business Research Institute, Stockholm, 2003.
Global Entrepreneurship Monitor. Relatório executivo, 2019. Disponível em: <https://www.gemconsortium.org>. Acesso em 20 jul. 2021.
Greene, P.G., Hart, M.M., Gatewood, E.J., Brush, C.G., e Carter, N.M. Women Entrepreneurs: Moving Front and Center: An Overview of Research and Theory. Coleman White Paper Series, 2003.
Guzman, J., e Kacperczyk, A. O. Gender gap in entrepreneurship. Research Policy, 48(7), 1666-1680, 2019.
Kacperczyk, e Aleksandra J. Opportunity structures in established firms entrepreneurship versus intrapreneurship in mutual funds. Adm. Sci. Q. 57 (3), p.484–521, 2012.
Kacperczyk, e Younkin P. Detours or Dead-ends: The Effect of Entrepreneurship on the Future Employment of Women. London Business School Working Paper, 2019.
Krakauer, P. V. C., Moraes, G. H. S. M., Coda, R., e Berne, D. F. Brazilian women’s entrepreneurial profile and intention, International Journal of Gender and Entrepreneurship, Vol. 10 Issue: 4, p.361-380, 2018.
Loscocco, K. A., Robinson, J., Hall, R. H., e Allen, J. K. Gender and small business success: An inquiry into women's relative disadvantage. Social forces, 70(1), 65-85, 1991.
Menezes, R. S., e Bertucci, J. L. "Mulher de negócios": uma análise da representação social em base no discurso de empresárias associadas à Business Professional Women. Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, São Paulo, SP, Brasil, p.33, 2009.
Morris, M. H., Miyasaki, N. N., Watters, C. E., e Coombes, S. M. The dilemma of growth: Understanding venture size choices of women entrepreneurs. Journal of Small Business Management, 44(2), 221-244, 2006.
Reynolds, P. National panel study of U.S. Business start-ups: background and methodology. In: Katz, J.A., Brockhaus, R.H. (Eds.), Databases for the Study of Entrepreneurship, Vol. 4 of Advances in Entrepreneurship, Firm Emergence, and Growth. JAI Press, Greenwich, CT, p. 153–227, 2000.
Ries, E. A Startup Enxuta. São Paulo: Leya, p.7, 2012.
Robb, A., Coleman, S., e Stangler, D. Sources of Economic Hope: Women’s Entrepreneurship. 2014. Disponível em: < https://www.kauffman.org/wp-content/uploads/2019/12/sources_of_economic_hope_womens_entrepreneurship.pdf >. Acesso em 07 ago. 2021.
Ruef, M., Aldrich, H.E., e Carter, N. The structure of organizational founding teams: homophily, strong ties, and isolation among U.S. entrepreneurs. Am. Sociol. Rev. 68 (2), 195–222, 2003.
Sebrae. Pesquisa Lado/A, Lado/B Startups. São Paulo, 2015.
Sørensen, J.B., e Sharkey, A.J. Entrepreneurship as a mobility process. Am. Sociol. Rev. 79 (2), 328–349, 2014.
Strobino, M. R. C., e Teixeira, R. M. “Empreendedorismo feminino e o conflito trabalho-família: estudo de multicasos no setor de comércio de material de construção da cidade de Curitiba”. R.Adm., São Paulo, v.49, n.1, p.59-76, jan./fev./mar. 2014.
Sebrae. “Empreendedorismo Feminino no Brasil”. São Paulo, 2019. Disponível em: <https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/GO/Sebrae%20de%20A%20a%20Z/Empreendedorismo%20Feminino%20no%20Brasil%202019_v5.pdf>. Acesso em 15 jul. 2021.
Vale, G. M. V., Serafim, A. C. F., e Teodósio, A. D. S. “Gênero, Imersão e Empreendedorismo: Sexo Frágil, Laços Fortes?”. RAC, Curitiba, v. 15, n. 4, art. 4, p. 631-649, Jul./Ago. 2011.
Yang, T., e Aldrich, H.E. Who’s the boss? Explaining gender inequality in entrepreneurial teams. Am. Sociol. Rev. 79 (2), 303–327, 2014.

Downloads

Publicado

2021-09-01

Como Citar

Pavan, A. C., Ortega, L. M., & Nogueira, A. J. F. M. (2021). QUAIS AS RAZÕES DE HAVER POUCAS STARTUPS FUNDADAS POR MULHERES?. South American Development Society Journal, 7(20), 204. https://doi.org/10.24325/issn.2446-5763.v7i20p204-219